sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

minha retrospectiva

Que jornada foi 2011. Fui de Jeri a Nova York. No meio do caminho, passei por Recife, Orlando, São Paulo. Tropecei em algumas pedras, encarei um Sol de queimar retinas, achei uma sombra para me abrigar, descobri um tesouro e vou tentar seguir o mapa da mina. Uma Pessoa Inteligente vive dizendo que não tenho noção do poder que tenho. Está aí um bom desafio para 2012, não?

Neste ano, resolvi que ia deixar as imagens falarem por mim na minha retrospectiva:



Então, o que me resta dizer?

Feliz 2012, gente!



p.s.: O "meu nunca" que aparece na minha "performance" ao som de Alanis Morissette tem origem neste blog aqui.

p.p.s.: Não deu para inserir o vídeo com as filmagens de NYC, porque Miss Independent não dura para sempre, rs, mas aqui está o pedaço que ficou de fora na edição final.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Desfragmentos


Um dia, descobriu que não gostava daquela imagem. Resolveu que ia desmontar o quebra-cabeças. Para celebrar a decisão, desafiaria seus limites por cada peça que descartasse. Pegou as chaves de casa, calçou os sapatos e saiu para o mundo com a gravura de quinhentos pedaços e um compromisso.

Então quinhentos atos de loucura preencheram seus dias. Girou o Sol em pés descalços. Uma peça a menos. À deriva, cantou estrelas num mar morno. Outra peça a menos. Brincou de fada na esquina de um sonho. Lá se foi outro pedaço do quebra-cabeças.

Enfim, restou apenas uma peça, guardada em sua mão. Hora de dizer adeus. Só precisava descobrir como.

Caminhou no pé ligeiro. Vida não espera. Apertou a peça contra a palma da mão e sentiu a resposta. Vai. Atravessou a rua. Subiu a calçada. Passou uma árvore e uma borboleta. Acompanhou o quarteirão. No fim, deu de cara com Ele. Ele, que a olhou nos olhos. Ele, que mostrou uma peça de quebra-cabeça (a última também!), jogou-a por cima do ombro, inclinou-se e beijou-a nos lábios.

Foi no tempo certo. Ele se afastou e esperou. Ela sorriu, rodando entre os dedos a sua peça e um pensamento. O olho brilhou quando entendeu. Deixou cair o último fragmento quando se aproximou dEle e apresentou o beijo que era seu.

Porque podia dizer não, dissera sim.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Existe coisa melhor do que amizade?

Por causa de um momento de indecisão, dei três voltas na rotatória da Praça Portugal certa vez. Fazer o quê? Acontece. Pelo menos comigo, acontece.

Ontem, ao chegar da miniviagem à Itacity (como dizem minhas primas), encontrei as seguintes mensagens no Facebook:

(fica mais nítido se você clicar na imagem)


Existe coisa melhor do que amizade? No presente momento, digo que não. Agora, right now, meu coração se expande pela alegria de ter essas amigas lindas na minha vida. Às vezes, sou daquelas pessoas que funcionam como se gastassem a vida a olhar vitrines. Ah, se eu tivesse. Ah, se eu pudesse. Sabe aqueles filmes de comédia romântica em que várias amigas saem para comer, festejar, comprar? Sabe Friends e Sex and the City? Pois é, houve uma época em que assistia e pensava, ah, se eu tivesse, ah, se eu pudesse.

Na verdade, o que me ocorre agora é que sempre tive boas amizades. Marcos, Walmir e Bebel são meus companheiros já de muito tempo. A distância e a rotina fundamentalmente diferente da minha é que não nos permite um contato mais contínuo, mas sei que estão sempre comigo. A diferença é que Helminha, Pri e Sandrinha pegaram a fase Miss Independent da Ana Raquel aqui. Então todos aqueles programas de amigas, e.g., comer, festejar e comprar, são feitos com elas. E adoro!

Neste ano, constatei que nossa maior riqueza são as relações humanas. Graças ao 2011 que finda e que me faz refletir sobre o que passou, agradeço publicamente pelos momentos de felicidade que meus amigos me proporcionaram. Pelas risadas, pelas viagens, pelas praias, pelas conversas na vida real e virtual, pelas piadas internas (2 + 2 = 4! jura! óbvio!, e o troféu caranguejo vai pra quem, hein?), pela vida que vocês me dão. Quando o dia é cinza, vocês são o meu interruptor num quarto escuro. Quando o dia é azul, vocês são minha trilha sonora.

Assim, deixo aqui meu registro de gratidão para um bocado de gente, principalmente aqueles com quem troco emails e textos impublicáveis, ;o). A turma que recebeu Minha Propaganda do MasterCard está incluída aqui, tá? Há tantos outros amigos, mas tive medo de fazer uma lista e esquecer alguém. Só saibam, queridos, que, se vocês estão na minha vida, me sinto grata por tê-los.

Beijo para todos.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Os filmes de 2011

Eis que 2011 vai chegando ao fim, e se torna inevitável olhar para trás. Hoje esse olhar vasculhou os filmes que foram exibidos neste ano. Conversando com um amigo, descobri que deixei uns bons escaparem, enquanto assisti a outros que não valiam meu tempo. De qualquer forma, deu para fazer uma listinha:

O mais tosco: Conan, O Bárbaro. Fui ao cinema somente pela companhia dos amigos. O filme conseguiu ser pior do que eu esperava. Parafraseando a Isabela Boscov da Veja, pior cena de dedo no nariz ever.

O mais tenso: Santuário. Fiquei angustiada o filme inteiro. Sei de antemão que nunca vou ser mergulhadora.

O mais perturbador: Dois filmes se encaixam nessa categoria. O primeiro é Cisne Negro. O longa foi um espelho da sombra que já fui, sem falar que cutucou a ferida da mania de perfeição. O segundo é Melancolia, pelo impacto que teve e pela reflexão que trouxe.

O mais enigmático: A Árvore da Vida. Até a presente data, continuo sem saber se gostei.

O mais bittersweet: Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte II. O fim. Preciso dizer mais? Por anos esperei ansiosamente a estreia dos filmes e os lançamentos em DVD. Harry Potter está na minha estante de livros, no meu armário de DVD e em cima da minha mesinha da sala (tenho a Varinha das Varinhas!).

O mais eu: Enrolados. Vivo cantando a música, vivo convidando amigas para vê-lo comigo. Há uma mensagem linda sobre sair da torre (no caso da Rapunzel) ou da redoma (no meu caso). Por causa da minha história de vida, Enrolados ressoa, e o faz profundamente. Não perturba como Cisne Negro porque: a) tem final feliz; b) é fofo e romântico; c) é Disney!, rs. Mas que é um filme que mostra mais do que os olhos veem, lá isso é.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

Por não ter o que falar

Estou ligeiramente preocupada com este meu cantinho aqui. Marasmo total no Reflexos, e o pior é que não é por falta de ideias. O problema é que ando estancando em alguns textos: há dois em stand by no momento. Também estou engajada na tarefa de elaborar a retrospectiva que será postada aqui. Sem falar que Facebook anda sendo um vício de novo. Além disso, um livro me espera para relê-lo e outro para terminá-lo. Por fim, a vida está mais preenchida do que esperava para este fim de ano.

No momento, posso falar de um pensamento que circulou aleatoriamente na minha cabeça. Postei no Face que havia me dado conta de que comecei a viver minha vida tarde. Isso é verdade. Um dia desses, investigando mais uma vez meu passado, revi a redoma que habitei durante tantos anos em virtude de falsas crenças e condicionamentos. Esse texto da Silmara Franco me lembra esse período. Fui plastificada. Que nem minhas bonecas, com que brincava cuidadosamente para não quebrar e assim durar.

A boa notícia é que, se comecei a viver tarde, pelo menos não foi tarde demais. Pensei no tanto, mas no tanto de coisas que quero fazer e suspirei aliviada. Dá tempo (eu acho). Provavelmente vou continuar por um ano sem mobiliar meu apartamento mais a meu gosto, mas já assumi minha inversão de prioridades. Afinal, mais duas viagens para o exterior estão na pauta de 2012.

Por falar em viagem, aproveitando que estou num fluxo de consciência só, ainda me encanto com a de Nova York. Tanta coisa que poderia ter dado errado e deu tudo tão certo. Até meus dias de férias se encaixaram como uma luva. Ali foi a prova do que uma amiga me disse. A gente se esquece de que coisas boas acontecem na nossa vida. Como acontecem.

Aliás, às vezes me encanto com a vida e com as pessoas. Tanta gente boa nesse mundo. Tantas possibilidades nessa vida. Por que é mesmo que a gente se perde no meio do caminho? Por que é mesmo que a gente cria uma zona de conforto, se o que é melhor para a gente sempre está fora dela?

E... para ilustrar o mal de que padeço no momento, aqui estanco. Pode ser que amanhã eu consiga retornar e retomar este post. Caso contrário, deixo aqui minha explicação.

Boa madrugada.