terça-feira, 12 de maio de 2009

Chiquitas - Ilona Mitrecey

Eu sei, eu sei, eu sei.

É música de criança, eu sei.

Mas é tão bonitinho.

E dá até pra dizer: é música de criança francesa.

Tem coisa mais chique que isso?



Vi hoje na aula de francês. Achei melhor do que ouvir Aline e uma outra música lá, que era sobre amor, obstáculos, e uma porrada de coisa para a qual não tenho a mínima paciência no momento.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Reflexos

Essa é uma das muitas fotos que o Aron fez. Como ela tem a ver com a ideia do blog e com o conto Refletir, deixei de lado minha cautela em postar fotos e a compartilho com vocês.

domingo, 3 de maio de 2009

Descompasso

Depois de ver o vídeo da Susan Boyle, Britain's Got Talent virou minha nova mania. No YouTube, vi todos os episódios deste ano e os mais marcantes de 2007 e 2008. É engraçado perceber que, até em um show de calouros, há o que se aprender e pensar.

Neste post, quero abordar um tema que me intriga. Ilustro primeiro com esse vídeo do trio adolescente Singing Souls, que se julga melhor que as Pussycat Dolls e Sugababes.



Meu segundo exemplo é Kay, dono de uma performance que alega ser única, pois é capaz de imitar um saxofone apenas com sua voz.



Okay. Dá para adivinhar o que me intriga?

Desde que comecei a ver esse programa, fiquei impressionada com a imagem que certas pessoas têm de si e o descompasso desse autoconceito com a realidade. Não existe aqui nem espaço para dizer que é uma questão de gosto ou opinião. É fato que as três adolescentes não são cantoras melhores que as Pussycat Dolls e que Kay está longe de imitar um saxofone.

Como não sou psicóloga, não disponho de conhecimento especializado para entender isso, então só me resta especular. Que mecanismo é esse que existe dentro de nós que nos impede de nos vermos verdadeiramente?

Essa pergunta ganhou peso maior quando vi este último vídeo, extraído do programa de 2 de maio. Coloco-o na íntegra porque merece ser visto. Jamie Pugh é um trabalhador cujo sonho é cantar no Royal Variety Performance. Seu grande obstáculo é o medo do palco, que diz ser paralisante. Porém, decidido a vencer essa limitação, ele se inscreveu no programa. O resultado foi o seguinte:



Talvez o medo do palco não seja o maior desafio de Jamie. Quando se emocionou ao ouvir de Simon que é hora de acreditar em si, a reação de Jamie me fez pensar que ele também tem uma imagem errada de si mesmo, desta vez não condizente com a realidade porque inferior ao que Jamie é de verdade.

Depois desse vídeo, vi que a questão é uma via de mão dupla: podemos nos achar melhores do que realmente somos, mas também podemos ser incapazes de perceber o quão bom somos. Aproveitando a metáfora que subjaz ao nome deste blog, nos dois casos o reflexo não condiz com o objeto refletido, com a realidade. Ora a imagem é maior do que deve ser, ora é menor.

Que espelhos são esses que usamos? Por que foram forjados?

Como nos livramos deles?

Ao vencer o seu medo, ao ter seu valor afirmado e restituído, Jamie se disse completo. Nem maior, nem menor. Na medida certa.

Sem descompasso.